Dia da Mulher: igualdade ainda distante e luta contra confisco de direitos na Previdência

Os números ainda navegam em sentido contrário: em média, as mulheres ganham menos, trabalham em condições menos favoráveis, sofrem mais com o desemprego.

Pesquisa divulgada pelo IBGE (Folha de S. Paulo, 7/3/2018) mostra que, embora as mulheres tenham mais formação do que os homens – na população com mais de 25 anos, 16,9% delas têm nível superior completo, contra 13,5% deles – ainda ganham menos. Na média salarial nacional, as trabalhadoras recebem três quartos do que é pago aos trabalhadores.

Mas também há avanços a comemorar. Hoje, ocupam praticamente a metade do mercado de trabalho e não se furtam à luta! O mesmo capitalismo que as explora e faz da discriminação um instrumento de ganhos extras, contraditoriamente as agrupa enquanto trabalhadoras, o que lhes traz as condições para se organizarem e lutarem!

A Adunesp, neste dia especialmente dedicado à luta pela igualdade de gênero, se solidariza com todas asmulheres, em especial com as mulheres trabalhadoras da Unesp. O nosso Sindicato, em que as mulheres sempre tiveram espaço de atuação igualitário com os homens, seguirá organizando a categoria como um todo, em defesa de melhores salários e condições de vida, por um ensino público, gratuito e de qualidade para todos! E seguirá contribuindo, também, pela superação de todas as formas de violência, desigualdades e discriminações na sociedade!

Um pouquinho de história
As origens do 8 de março como Dia Internacional da Mulher nos remetem ao início do século passado. A data foi consagrada em 1910, num congresso de mulheres socialistas, para marcar dois fatos importantes ocorridos pouco antes: uma greve de tecelãs norte-americanas pela redução da jornada (que chegava a 14 horas por dia) e melhores condições de trabalho e salário, e uma greve das operárias russas contra o czarismo, a fome e a guerra. Ambas duramente reprimidas e marcadas com o sangue dessas bravas lutadoras, mas que nos deixaram esse legado de luta. 

Marcha em SP
Em todo o país, o 8 de Março de 2018 será marcado com atos e comemorações pela passagem do Dia Internacional da Mulher. Na capital paulista, movimentos de mulheres, entidades sindicais e populares irão às ruas para dizer não aos retrocessos, defender a igualdade de direitos e para manter acesa a luta contra a reforma da Previdência, que ainda não foi descartada pelo governo Temer. A concentração está marcada para as 16h, na Praça Oswaldo Cruz (próxima ao Metrô Paraíso), seguida de marcha pela Avenida Paulista.