Fórum das Seis chama para novo ato em 14/2: Pressão no CO pelo 13º salário e defesa das universidades

Os docentes e servidores técnico-administrativos estatutários da Unesp – cerca de 12.700 pessoas, entre ativos e aposentados – ainda não receberam o 13º salário de 2018. Para dar continuidade à luta por esse direito, o Fórum das Seis chama novo ato público estadual, no dia 14/2, quando ocorrerá mais uma reunião do Conselho Universitário (CO) da Unesp para discutir o assunto.

Na reunião passada do CO, em 22/1, também acompanhada por uma aguerrida manifestação em frente à reitoria, a maioria dos conselheiros aprovou o pagamento do 13º em duas parcelas, nos meses de fevereiro e maio/2019, derrotando a proposta do reitor, de fazer a quitação em 4 parcelas ao longo do ano, condicionadas à arrecadação do ICMS. Após a reunião, o reitor da Unesp, Sandro Valentini, divulgou comunicado dizendo que a decisão do CO era apenas uma “indicação” e que o assunto voltaria à pauta em nova reunião do colegiado, no dia 14/2. 

O Fórum das Seis entende que o imbróglio em torno ao 13º na Unesp é apenas a ponta do iceberg no cenário de desmonte que cerca as universidades estaduais paulistas, consequência da falta de financiamento adequado, de muita subserviência dos reitores ao governante de plantão e dos inúmeros ataques que têm sido perpetrados contra essas instituições ao longo dos anos. 
Reunidas em 6/2/2019, as entidades que compõem o Fórum consideram importante manter e ampliar a pressão sobre a reitoria da Unesp, realizando um grande ato no dia 14/2, que coloque em evidência não só a luta pelo 13º salário, mas também a defesa das nossas universidades. Certamente, a prática de retirada de direitos se consolidará, e mais direitos serão sequestrados, se permitirmos que seja suprimido esse direito constitucional de uma parte da comunidade das estaduais paulistas. 

Fechar vagas públicas é retrocesso! 
Em vez de cobrar que o governo estadual garanta o financiamento das universidades públicas, inclusive cumprindo a lei – como é o caso da insuficiência financeira, que é a diferença entre o que a universidade arrecada com as contribuições dos ativos e o que paga aos seus aposentados –, nossos reitores preferem continuar dobrando a espinha e atacando sua comunidade. Agora, além do arrocho salarial, do congelamento de contratações e outros, o reitor da Unesp começa a falar em fechamento de cursos e campi. Este é um caminho tão irresponsável e desastroso quanto a aceitação da expansão sem a contrapartida de recursos perenes. E é óbvio que o atual governador paulista, assim como seus antecessores, não tem apreço algum por nossas universidades e terá muito prazer em fechar vagas públicas. Aceitar o fechamento de cursos e campi agora significará dar aval para o completo desmonte da Unesp. 

Clique para ler mais no Boletim do Fórum, de 6/2/2019