Intensificar os debates nas unidades! Rejeitar as (di)minutas propostas da reitoria

A minuta de resolução da reitoria – Parâmetros de Sustentabilidade Financeira e Orçamentária da Unesp – foi um dos temas centrais da Plenária Estadual da Adunesp em 16/3, em São Paulo. Nessa ocasião houve consenso entre os presentes no sentido de apontar para os docentes que devemos rejeitar a proposta e exigir um amplo e democrático debate com a comunidade sobre a crise de financiamento da Unesp.

Após a apresentação da proposta no CO de 22/2, frente à reação negativa da maioria dos conselheiros, o assunto foi retirado de pauta e a reitoria o remeteu para as unidades, mas apontando como “prazo para envio de sugestões” o dia 23/3, evidentemente exíguo frente à gravidade e complexidade envolvidas no documento.

Para os presentes à Plenária, ficou evidente que a pressa em aprovar medidas de grande impacto para o presente e o futuro da nossa Universidade, envolvendo altíssimos riscos no que diz respeito à sua sobrevivência e ao seu caráter institucional, explicitam um comportamento reiteradamente subserviente às pressões políticas do Palácio dos Bandeirantes e o pouco apreço que esta reitoria tem para com a autonomia da Universidade que dirige e para com a sua comunidade interna. Com a apresentação da minuta, a gestão reitoral atual curva-se às exigências do governo do estado, apressando-se por mostrar obediência às suas diretrizes e sinalizar aos seus “superiores” que está fazendo a “lição de casa”. Ou seja, está aplicando os modelos de ajuste fiscal tão em voga no país atualmente, que nada mais fazem do que jogar a conta sobre os ombros dos servidores, agravar a precarização dos serviços públicos e aprofundar o processo de subdesenvolvimento e dependência brasileiros.

A aprovação da minuta significaria, por exemplo, a garantia de manutenção do arrocho salarial a até 2026, pelo menos. Estudos feitos pelo professor Álvaro Dutra, de Guará, membro do Chapão da Adunesp, comprovam que, se estivesse em vigor de 2011 a 2017, a minuta teria reduzido à metade o reajuste salarial negociado neste período.

Congregações em andamento
Até o fechamento deste boletim, em 22/3, haviam rejeitado a minuta as seguintes congregações: FC, FAAC e FE de Bauru; IGCE e IB de Rio Claro; Ibilce/Rio Preto; FCL, FCF e IQ de Araraquara; FCF/Marília; FE/Ilha Solteira; IB/São Vicente; FE/Guaratinguetá; IA/São Paulo; FCL/Assis e ICT/Sorocaba. Os departamentos DEAE/Jaboticabal e DAP/Araraquara também se manifestaram em rejeição à minuta.

A Adunesp orienta os professores a participarem das congregações, fazendo o debate e se posicionando pela rejeição da minuta. 

Campanha junto aos conselheiros

A Plenária da Adunesp de 16/3 aprovou a realização de uma campanha de e-mails para os conselheiros docentes nos colegiados centrais, instando-os a rejeitar a minuta “Parâmetros de Sustentabilidade Financeira e Orçamentária da Unesp” e a reivindicar a abertura de um amplo e democrático debate junto à comunidade.

Proposta de e-mail:

“Prezados/as conselheiros(as), 

Preocupados com o futuro da Universidade e o relevante papel que cumpre junto à sociedade paulista e brasileira, solicitamos que não seja aprovado o documento “Parâmetros de Sustentabilidade Financeira e Orçamentária da Unesp”. Consideramos necessário um amplo e democrático debate, que agregue ideias e propostas da comunidade universitária para superar a crise de financiamento da Unesp, sem que as atividades precípuas da nossa Universidade – a criação e a transmissão do saber e da cultura – sejam preteridas, nem que nossos salários sejam confiscados para que se alcance, a qualquer custo, a sustentabilidade orçamentária e financeira.

Certos de que V.Sa. será sensível a este pleito, subscrevo-me atenciosamente, 
Xxxxxxxxxxxx”

Os e-mails dos conselheiros, agrupados por órgão colegiado, estão disponíveis aqui

Clique aqui para ver o Boletim Adunesp 133, que também aborda SisCPA e Data-base 2018