Nota da Adunesp: É hora de ampliar a mobilização contra a reforma da Previdência, em defesa das universidades e do nosso 13º salário

Em nota assinada pelas direções majoritárias da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB, essas Centrais suspenderam a greve geral marcada para o dia 5 de dezembro. Em decorrência disto, a Adunesp enviou um e-mail indicando a suspensão do seu indicativo da Adunesp às bases. 

No entanto, pouco tempo depois do envio deste e-mail, a CSP-Conlutas, Central à qual estamos filiados, e a Central Intersindical também publicaram uma nota afirmando que não participaram desta decisão, classificando-a como um grave erro que poderá contribuir para o enfraquecimento da luta contra as reformas propostas pelo governo Temer, em especial a reforma da Previdência, que atinge em cheio a classe trabalhadora como um todo e culpabiliza os servidores públicos, a quem atribui privilégios que seriam responsáveis pelo déficit da seguridade social brasileira. 

A esse respeito, inclusive, como foi ampla e exaustivamente demonstrado, por instituições sérias e economistas independentes, a seguridade social tem sido superavitária nos últimos anos. Trata-se aqui de uma manobra para aumentar o fluxo de dinheiro público para o pagamento da dívida interna, carreando recursos ainda mais vultosos para os grandes bancos e as grandes empresas nacionais e internacionais, subtraindo-os da seguridade social e da massa salarial dos trabalhadores dos setores público e privado.

Não é hora de baixarmos a guarda. Atravessamos um momento crítico em que o governo arregimenta forças para completar o seu projeto de destruir o serviço público brasileiro e acentuar ainda mais a nossa condição de país subdesenvolvido e dependente, submetendo todos os trabalhadores brasileiros a condições subumanas de subsistência. 

Par e passo, e em perfeita sintonia com essas políticas, o governo do Estado de São Paulo submete nossas universidades públicas e o Centro Paula Souza a um processo de sub-financiameno que, conforme temos denunciado em diversas oportunidades, tem produzido efeitos devastadores em nosso ambiente de trabalho, cada vez mais precarizado. 

Junte-se a isto a insegurança sobre o pagamento do 13º salário para os servidores estatutários da Unesp, mais um direito constitucional ameaçado, como se já não bastasse a ausência de reajustes salariais desde 2015, o que nos colocou numa trajetória de empobrecimento significativo.

A diretoria da Adunesp concorda com as posições oficiais da CSP-Conlutas e inúmeros outros sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais e indica aos docentes da Unesp que mantenham a mobilização programada para o dia 5 de dezembro em seus campi e nos municípios, num protesto CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E PELO PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO A TODOS OS SERVIDORES DA UNESP. 


São Paulo, 2/12/2017
Diretoria da Adunesp Central