A Plenária Estadual da Adunesp realizada nesta terça-feira, 15/1, em São Paulo, que contou com representantes de 10 campi, debateu a conjuntura atual, tendo como ponto central a situação da Unesp, que ainda não honrou o pagamento do 13º salário dos docentes e técnico-administrativos estatutários, cerca de 12.700 servidores ativos e aposentados.
No decorrer da Plenária, chegou a informação sobre o desfecho da reunião extraordinária da Comissão de Orçamento do CADE, realizada no mesmo dia. Após apresentar um conjunto de números, a Reitoria propôs pagar o 13º salário dos estatutários em 4 parcelas: a primeira em fevereiro e as seguintes em maio, agosto e outubro, sendo estas três últimas condicionadas aos resultados da arrecadação do ICMS. Aparentemente, diante do temor de que esta proposta não fosse aprovada no âmbito do CADE, a Reitoria não convocou uma reunião extraordinária do colegiado, o que poderia ter sido feito para o dia seguinte, por exemplo. Limitou-se a dar ciência da proposta à Comissão de Orçamento e remetê-la ad referendum do CADE ao CO. Ou seja, o reitor e seu estafe se despemdas suas responsabilidades para gerir a crise de financiamento da Unesp e montam uma manobra institucional para empurrar a decisão para o colegiado máximo. Com isto, aparentemente pretendem ficar a salvodas consequências das escolhas que terão que ser feitas.
Realizados os debates (cuja síntese você acompanha a seguir), e considerando também a baixa credibilidade da palavra reitoral –que já se comprometeu à concessão, nunca honrada, de 3% de reajuste salarial em 2016– a Plenária deliberou:
1) Indicar às subseções locais e representantes de base da Adunesp que organizem a vinda dos docentes ao ato estadual convocado pelo Fórum das Seis em 22/1, a partir das 8h30, em frente à Reitoria da Unesp, durante reunião do CO: “Pelo pagamento imediato do 13º salário e em defesa da universidade pública!”
2) Rodada de assembleias de base até 8/2, para discutir e deliberar sobre a proposta de não iniciar o semestre letivo caso a íntegra do 13º salário não seja paga. A proposta foi apresentada inicialmente em assembleias anteriores de Assis e Rio Claro, sendo acatada pela Plenária de 15/1.
3) Nova Plenária Estadual da Adunesp, nos dias 11 e 12 de fevereiro, em São Paulo, para tabular os resultados das assembleias e deliberar sobre a proposta da greve.
4) Realizar um Encontro de Subseções e Representantes de Base da Adunesp com data ainda a ser definida.
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