38º Congresso do Andes começa com chamado à unidade na diversidade

A Adunesp participa com dois delegados no 38º Congresso do Andes – Sindicato Nacional, que acontece em Belém (PA), de 28/1 a 2/2/2019. João da Costa Chaves Júnior e Jefferson Rodrigues Barbosa estão entre os cerca de 600 delegados e observadores presentes no congresso, sediado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que tem como tema central “Por educação, ciência, tecnologia e serviços públicos: Em defesa do trabalho e da carreira docente, pela revogação da EC 95”.

A mesa de abertura do evento, na manhã de 28/1, foi uma celebração da diversidade dos movimentos sociais. Sob o impacto do novo crime ambiental praticado pela Vale na cidade de Brumadinho (MG), Robert Rodrigues, do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), fez duras críticas à política que ancora o funcionamento das mineradoras no país, que combina altos lucros com extração predatória, destruição da natureza e desrespeito aos trabalhadores e às comunidades locais. Ele pediu apoio do movimento docente às brigadas que foram constituídas no local, em solidariedade ao povo da região. William Domingues, primeiro professor indígena da UFPA e membro da etnia Uirá, criticou os ataques do novo governo aos territórios indígenas. 

O presidente do Andes-SN, Antonio Gonçalves, fez um balanço de conjuntura e apontou os desafios dos movimentos sindicais e populares na defesa da democracia, das instituições públicas de ensino e do trabalho docente. 

“Os ajustes fiscais estão sendo aplicados em todo o mundo, mas também há resistências, como os coletes amarelos na França e a greve dos professores nos Estados Unidos”, destacou Saulo Arcangeli, representando a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas. Ele destacou a existência de um calendário de lutas contra os ataques do novo governo, com ênfase na Assembleia Geral dos Trabalhadores, que vai ocorrer em 20 de fevereiro, na Praça da Sé, em São Paulo.

Defendendo a unidade entre estudantes, técnico-administrativos e docentes, o diretor da UNE Adriano Mendes lembrou que a educação é um dos setores mais atacados pelo atual governo. “Temos o projeto Escola sem Partido, que na verdade é um projeto de Escola com Mordaça, que quer limitar a criticidade, para impedir o avanço de um projeto de sociedade voltado para o povo”, pontuou.

Temas
Até o encerramento do 38º Congresso do Andes-SN, em 2/2, os participantes vão debater:
Tema I – Movimento docente, conjuntura e centralidade da luta. 
Tema II – Políticas sociais e plano geral de lutas. 
Tema III – Plano de lutas dos setores. 
Tema IV – Questões organizativas e financeiras

Fonte: Texto produzido com informações divulgadas pelo Andes-SN

Clique para conferir foto da abertura (1)

Clique para conferir foto da abertura (2)