Uma das dimensões da dignidade do trabalho é a sua justa remuneração, e uma das dimensões da grandeza de uma universidade pública é a forma como trata a remuneração dos seus servidores.
Não há motivo ou argumento que sustente diferenças salariais significativas entre servidores técnico-administrativos das três universidades públicas paulistas, que executam serviços similares imprescindíveis para o seu bom funcionamento.
Toda produção acadêmica, toda formação educacional dos nossos estudantes, bem como todas as demais atividades que caracterizam a missão das universidades públicas são realizadas graças a uma estrutura que é materializada por meio do trabalho dos seus servidores técnico-administrativos, cujas funções são elementos essenciais e absolutamente necessários para a existência dessas instituições. E isto se constitui num axioma organizacional para as três universidades públicas paulistas.
No entanto, os servidores técnico-administrativos da Unesp têm uma remuneração, via de regra, expressivamente abaixo dos seus colegas da USP e da Unicamp.
Trata-se de uma injustiça histórica, que precisa ser reparada o mais breve possível, sob pena de continuarmos tratando esses servidores como uma categoria de segunda classe, o que certamente não é verdade, e a nossa Universidade como uma instituição que não valoriza os seus trabalhadores, o que não se coaduna com a dignidade da Unesp, duramente construída ao longo da sua existência e atuação caracterizada pela enorme contribuição que tem dado ao desenvolvimento do estado de São Paulo e do país.
Essa dívida contraída pela nossa Universidade para com os seus servidores técnico-administrativos e com a sua história precisa ser resgatada.
EQUIPARAÇÃO, JÁ!
São Paulo, 19 de junho de 2023.
Diretoria Central da Adunesp
