ASSEMBLEIA PERMANENTE SUSPENDE A GREVE E MANTÉM MOBILIZAÇÃO: Intensificar a luta pelo 13º e construir a pauta da data-base 2019

A indicação de greve feita pela Adunesp – não iniciar o semestre letivo sem o pagamento integral do 13º salário – rendeu frutos importantes à organização e às reivindicações dos docentes da Unesp. 

Essa é a conclusão central da sessão da Assembleia Geral Permanente da Adunesp, em 13/3/2019, que avaliou os desdobramentos da greve (já encerrada) e seus resultados. Embora a adesão à greve tenha sido modesta – efetivamente, nos campi de Bauru e Marília – em vários outros o indicativo produziu mobilizações as mais diversas, com a decretação de “estado de greve, realização de atos conjuntos com estudantes e servidores, idas a Câmaras e Prefeituras para busca de apoio, palestras e debates. Concretamente, os docentes estão num processo crescente de mobilização e são estes os importantes avanços do movimento pelo 13º:

1) Junto com os atos organizados pelo Fórum das Seis e com a greve de servidores técnico-administrativos em alguns campi, a greve e demais atividades de mobilização dos docentes da Unesp fizeram com que o Conselho Universitário rejeitasse a proposta inicial da Reitoria (pagamento do 13º salário de 2018 aos estatutários em quatro parcelas ao longo de 2019) e avançasse para o acerto em duas parcelas.

2) A greve e demais atividades de mobilização permitiram à Adunesp o estabelecimento de pautas mais precisas, com o objetivo de resguardar os recursos para o pagamento do 13º salário em 2019. É o caso da reivindicação de que seja criada uma conta corrente específica na Unesp, que não possa ser mexida em hipótese alguma, onde serão depositados mensalmente os recursos para o provisionamento do 13º e férias em 2019. 

3) A greve e demais atividades de mobilização estimularam a discussão sobre as reformas propostas pela Reitoria na Unesp. Também questionaram diretamente os termos do compromisso assumido pela Universidade com o governo do estado, que concordou em antecipar uma parte dos recursos que virão para a Unesp em 2019 (R$ 130 milhões). O Termo de Compromisso, assinado em 12/2/2019 pelo reitor, estabelece em sua cláusula 2ª que “A Secretaria de Desenvolvimento Econômico acompanhará e monitorará os indicadores e os resultados econômicos das reformas administrativa e acadêmica em curso ou a implementar pela Unesp”, numa clara violação à autonomia da universidade.

4) A greve e demais atividades de mobilização suscitaram um aprofundamento dos debates sobre a reforma da Previdência, sintonizando os docentes da Unesp com a reação nacional contra os ataques à aposentadoria.

5) A greve e demais atividades de mobilização deram a largada para a campanha da data-base de 2019, movimento unificado dos servidores docentes e técnico-administrativos das três universidades.

A sessão da Assembleia Permanente da Adunesp de 13/3/2019 deliberou pela suspensão da greve e pela manutenção da mobilização pela pauta ampla em defesa do 13º salário e pela campanha de data-base 2019.

Confira todos os detalhes na edição 164 do Adunesp viaNET, que traz também:
- Assembleia indica paralisação em 21/3, dia de reunião dos sindicatos com a reitoria
- A pauta ampliada que vamos apresentar à Reitoria 
- A Unesp está sob intervenção? Uma análise inicial do Termo de Compromisso assinado com o governo Doria 
- Começa a data-base 2019: Docentes perderam, no mínimo, R$ 50 mil em 4 anos 
- Até 25/3, a primeira rodada de assembleias de base

Clique para conferir o Adunesp viaNET 164

Clique para conferir o Termo de Compromisso entre reitoria e governo Doria