Eleições na Adunesp em 10 e 11/5 terão chapa única. Confira os nomes, avaliações e propostas na carta-programa  

Eleições na Adunesp em 10 e 11/5 terão chapa única. Confira os nomes, avaliações e propostas na carta-programa  

Somente uma chapa concorrerá nas eleições para a Diretoria Central da Adunesp, biênio 2023/2025, agendadas para os dias 10 e 11 de maio. Trata-se da chapa Resistência e Luta”, composta pelos/as seguintes candidatos/as:

Presidente: Antônio Luís de Andrade (FCT/Presidente Prudente)

Vice-Presidente: Dayse Iara dos Santos (FC/Bauru)

Secretária-Geral: Angélica Lovatto (FFC/Marília)

Vice-Secretário: Fábio Kazuo Ocada (FFC/Marília)

Tesoureiro-Geral: Milton Vieira do Prado Júnior (FC/Bauru)

Vice-Tesoureiro: Sebastião Neto Ribeiro Guedes (FCL/Araraquara)

O prazo para eventuais impugnações encerrou-se em 24/4, sem que houvesse nenhuma solicitação. A votação será realizada nos campi em que há subseções ou representações de base da Adunesp constituídas e na sede central da entidade, em São Paulo. Os locais das urnas e horários de votação serão amplamente divulgados.

Avaliação de conjuntura 

A chapa “Resistência e Luta” apresentou sua carta-programa, com a avaliação de conjuntura e propostas de luta para a categoria. 

No cenário político mais amplo, o texto lembra que “vivemos anos extremamente sombrios, em que o país esteve mergulhado em concepções retrógradas, de estímulo ao racismo, à misoginia, à xenofobia, à homofobia, ataques às universidades públicas, entre outros, e de implementação de políticas econômicas neoliberais que nos sequestraram direitos – via reformas trabalhista e previdenciária – e empobreceram a maioria da classe trabalhadora. Passamos por uma dramática pandemia de Covid-19, agravada pela adoção de políticas negacionistas e de boicote à saúde pública, que nos deixou um rastro de 700 mil mortes no país. Vimos também tentativas bastante concretas de fechamento autoritário do regime político”.

Como perspectiva, aponta que “a derrota eleitoral destes setores, na verdade, cumpre o papel de reabrir portas e perspectivas. A garantia de um ambiente político mais democrático e de respeito às instituições nos permite revitalizar nossas reivindicações e a luta por nossos direitos”.

Quanto ao cenário estadual, a carta-programa da chapa destaca que “a vitória de um projeto político conservador, fortemente influenciado pelo governo federal anterior, nos impõe alerta máximo”, com especial atenção para as declarações e medidas hostis aos serviços públicos e ao funcionalismo, com a defesa de privatizações, de reforma administrativa, de redução de investimentos obrigatórios em saúde e educação, entre outros.

O material da chapa ainda avalia o cenário unespiano, citando os recentes anos “a bordo de uma direção conservadora e truculenta, que buscou impor o cerceamento ao diálogo e à participação da comunidade acadêmica nas instâncias de poder da instituição, ao mesmo tempo em que aprofundou a política de arrocho salarial e de corte de direitos, tendo a crise econômica como justificativa para todos os ataques que engendrou” e o ambiente mais democrático na gestão atual, que encerrará sua gestão ao final de 2024.

No entanto – lembra o texto – “ainda há muito por fazer: o arrocho salarial e a perda do poder de compra dos últimos anos exigem reparação, os quadros de servidores docentes e técnico-administrativos ainda estão longe de suprir as necessidades das unidades”. Citando os técnico-administrativos da Unesp – segmento irmão da categoria docente – a carta-programa expressa apoio à sua luta por equiparação e isonomia com as demais estaduais paulistas. Em relação ao segmento estudantil, considera muito positivo o rápido crescimento do contingente oriundo de camadas social e economicamente vulneráveis nos cursos, mas ressalta que isso “impõe a luta pela ampliação das políticas voltadas à permanência estudantil/gratuidade ativa

Propostas e reivindicações

Ao final da carta, são apresentadas 14 propostas de organização da categoria e bandeiras reivindicatórias:

  1. Prosseguir na luta pelo aprofundamento da democratização das instâncias de participação da comunidade e das estruturas de poder universitárias;
  2. Continuar representando os interesses da categoria junto ao Fórum das Seis, nas negociações salariais com o Cruesp e na luta por mais verbas para o sistema público de ensino superior do Estado;
  3. Seguir lutando pela melhoria dos salários, benefícios e condições de trabalho na Universidade;
  4. Avançar na luta pela superação do déficit de professores e contra qualquer tipo de contratação que precarize o trabalho docente;
  5. Defender que a Comissão Permanente de Avaliação (CPA) seja uma comissão assessora do CEPE, e não da reitoria;
  6. Defender a manutenção dos cursos de formação inicial exclusivamente presenciais;
  7. Trabalhar por políticas internas e ações externas que visem a criação e o fortalecimento de programas de Pós-Graduação de caráter estratégico e de relevância social;
  8. Lutar pelo fortalecimento e valorização do tripé ensino-pesquisa-extensão.
  9. Realizar campanhas de filiação e trabalhar para fortalecer os laços, dando maior organicidade na relação com as subseções sindicais;
  10. Fundar novas subseções sindicais ou representações de base nas localidades onde elas ainda não estejam estruturadas;
  11. Buscar formas de maior aproximação com docentes mais novos na Universidade, com o intuito de identificar suas necessidades e demandas, bem como inseri-los nos debates e nas lutas encampadas pelo Sindicato;
  12. Aprimorar o fluxo de informações e os veículos de comunicação com a base;
  13. Estimular a participação da comunidade docente no seu Sindicato e dar prosseguimento à realização das Plenárias Estaduais;
  14. Atuar coordenadamente nas esferas decisórias institucionais, por meio de representantes eleitos junto aos órgãos colegiados centrais e suas Câmaras Assessoras (Chapão). 

Todos os materiais relativos às eleições da Adunesp estão disponibilizados no site da entidade (www.adunesp.org.br), no item “Em foco” – “Eleições Adunesp 2023”.