Em primeira reunião com a nova gestão, Adunesp e Sintunesp colocam em discussão pandemia, reajustes, plano de saúde, avaliação docente e outros

Em primeira reunião com a nova gestão, Adunesp e Sintunesp colocam em discussão pandemia, reajustes, plano de saúde, avaliação docente e outros

Por solicitação conjunta da Adunesp e do Sintunesp,no dia 3/2/2021 as entidades foram recebidas pelos membros da nova gestão. Realizada pelo aplicativo GoogleMeet, a reunião contou com a presença do novo reitor, Prof. Pasqual Barretti, a vice-reitora, Profa. Maysa Furlan, e o chefe de gabinete, Prof. Cesar Martins. Pela Adunesp, estavam presentes os diretoresJoão da Costa Chaves Júnior, Dayse Iara dos Santos, Angélica Lovatto, Antônio Luís de Andrade/Tato eFábio Ocada; pelo Sintunesp, os membros da diretoria colegiada Alberto de Souza, João Carlos Camargo de Oliveira, Claudio Roberto Ferreira Martinse Valdomiro Rodrigues de Souza.

Conforme havia sido acertado entre os dois sindicatos, seriam levadas, nessa primeira reunião, questões emergenciais relacionadas às consequências da pandemia deCovid-19 e às nossas reivindicações históricas. A pauta efetivamente apresentada foi a seguinte:

1 - A condução da nossa universidade no contexto da pandemia de Covid-19:

a) Acesso às informações de ocorrências de óbitos e de pessoas contaminados, reais condições de trabalho dos servidores técnico-administrativos e docentes que estão realizando atividades presenciais, bem como as medidas de proteção sanitária dos estudantes nas mesmas circunstâncias;

b) Retomada das atividades presenciais;

c) Atividades de ensino.

2- Unesp saúde:

a) Pagamento, pela Universidade, do reajuste das tarifas do nosso plano de saúde (Unimed Fesp), por meio do aumento do patrocínio em R$ 6 milhões, conforme aprovado pelo CO para o orçamento de 2021.

3 - Isonomia de reajustes com a USP e Unicamp:

a) Situação dos3% de reajuste (aprovado para o orçamento 2020 e não cumprido pelo reitor SandroValentini, que concedeu apenas 2,2% em abril/2020).

4 - Interpretação da abrangência da Lei Complementar 173 (LC 173) pela nova administração, no que diz respeito a salários e benefícios, contagem do tempo para efeitos de quinquênios, progressão vertical na carreira docente, entre outros.

5 - Avaliação docente e CPA.

6 - Mesa permanente de diálogo com os sindicatos.

7 - Reunião do CRUESP com o Fórum das Seis.

A reunião se iniciou com os sindicatos colocando com bastante ênfase a questão da condução da nossa Universidade no contexto da pandemia deCovid-19 (item1 da pauta), uma discussão sistematicamente evitada pela administração anterior, apesar da sua importância para a comunidade unespiana e das inúmeras tentativas de promovê-la feitas reiteradas vezes em nossos boletins, em ofícios enviados ao reitor anterior e por representantes presentes em todos os colegiados da Unesp.

A atual administração manifestou grande interesse em promover essa discussão, inclusive, se prontificando a contemplar a nossa reivindicação de que fossem disponibilizadas informações sobre as ocorrências de óbitos, de pessoas contaminadas, bem como as reais condições de trabalho dos servidores técnico-administrativos e docentes que estão realizando atividades presenciais, e as medidas de proteção sanitária dos estudantes nas mesmas circunstâncias.

No decorrer da reunião, surgiu a proposta de realização de uma reunião conjunta CEPE, CADE e CO, para que essas informações fossem fornecidas aos conselheiros, e que além disso se viabilizasse a construção de um cronograma para discussão em profundidade das perspectivas de retomada das atividades presenciais, em paralelo à realização de uma ampla reflexão sobre o ensino de graduação e pós-graduação durante e depois da pandemia.

Quanto ao item 2 da pauta, o Prof. Pasqual reiterou o seu compromisso com o acatamento das deliberações do Conselho Universitário, mas manifestou sua preocupação não só quanto à alocação de recurso adicional para a compensação da majoração do plano de saúde, mas também com todas as outras questões que levamos, que entende possam estar atreladas ao cumprimento da Lei Complementar 173 (LC 173). Isto diz respeito, também, segundo o seu entendimento, aos itens 3 e 4 da nossa pauta. A propósito, ele informou que encaminhou ofício ao Tribunal de Contas do Estado, solicitando um posicionamento acerca das implicações da LC 173 na administração das universidades públicas paulistas.

Quanto à isonomia dos reajustes, o reitor reconheceu a dívida, reiterou o compromisso de cumprir as deliberações do CO e declarou que está disposto a corrigir essa distorção, mas, para fazê-lo, depende de parecer do TCE.

Da reunião, ficou estabelecido que será instituída uma mesa permanente de diálogo entre a reitoria e os sindicatos. Instado, enquanto presidente do Cruesp, sobre a realização de reuniões com o Fórum das Seis, sugeriu que enviássemos novo ofício solicitando a reunião conjunta.

Quanto ao item sobre Avaliação e CPA, reitor e vice-reitora reafirmaram o compromisso da atual gestão em desvincular a CPA do gabinete do reitor e transferi-la para a esfera de influência do CEPE, inclusive a disposição de uma reavaliação completa do processo de avaliação docente na Unesp. Os sindicatos foram informados de que será feito um levantamento do impacto da atuação da CPA na comunidade docente durante os últimos anos.  Sugerimos a realização de fóruns nos moldes dos fóruns das grandes áreas para a elaboração de um processo de avaliação digno da nossa Universidade.

Avaliamos que essa reunião marca a possibilidade de construirmos um novo patamar nas relações entre os sindicatos e a administração central da Unesp. Foi um bom primeiro passo, que aponta e requer que todos os assuntos tratados venham a ser pautados novamente em novas reuniões, para que possamos aprofundar essas discussões e avançar no processo de democratização da nossa Universidade.