Em sintonia com movimento nacional, ato na Unicamp reforçou defesa da democracia e cobranças de reposição de perdas e permanência estudantil 

Em sintonia com movimento nacional, ato na Unicamp reforçou defesa da democracia e cobranças de reposição de perdas e permanência estudantil 

Com boa presença de estudantes e servidores/as técnico-administrativos/as da Unicamp e caravanas representativas da Unesp e da USP, o ato organizado pelo Fórum das Seis somou-se às atividades do Dia Nacional de Defesa da Educação em 18/10. A manifestação teve cobranças sobre o Cruesp, de retomada das negociações em torno às pautas dos/as trabalhadores e dos/as estudantes, e também de preocupação com o futuro dos serviços públicos e, dentro deles, das universidades estaduais paulistas e do Centro Paula Souza. 

Uma apresentação de estudantes indígenas da Unicamp, logo no início da atividade, reforçou as cobranças em torno à manutenção e ampliação das políticas de democratização do acesso ao ensino superior público, garantia de condições de permanência para todos e todas e contra o racismo. O ato também homenageou Cleide Aparecida Lopes, funcionária terceirizada do Restaurante Universitário da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp de Limeira, falecida durante o trabalho em 26/10/2022, em decorrência de um AVC. A homenagem traduziu a repulsa à política de terceirização que arrocha salários, confisca direitos e impõe condições indignas de trabalho.

Atos nacionais 

Em todo o país, movimentos populares, entidades sindicais e estudantis realizaram um dia nacional de luta contra os cortes de verbas e em defesa da educação pública. Organizados após o anúncio de confisco no orçamento do Ministério da Educação, na véspera do primeiro turno, por parte do governo Bolsonaro, os atos tiveram o objetivo de alertar contra a continuidade de um governo hostil à educação e aos serviços públicos e, também, conclamar a comunidade acadêmica à luta. 

O cenário eleitoral no estado de São Paulo, que tem Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Hadadd (PT) na disputa do segundo turno, em 30/10, também traz sérias preocupações quanto ao futuro das universidades e dos serviços públicos como um todo. Tarcísio tem o apoio do presidente Bolsonaro e comunga de sua política para os serviços públicos, que nos últimos quatro anos teve seguidos cortes de verbas nas universidades, institutos federais e órgãos de fomento à pesquisa, bem como intervenções em processos de consultas eleitorais, com a indicação de candidatos/as a reitor/a rejeitados/as pelas comunidades. 

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