PDI exige diagnóstico e condições para o debate amplo e democrático. Representantes da Adunesp apresentam reivindicações em colegiados locais

PDI exige diagnóstico e condições para o debate amplo e democrático. Representantes da Adunesp apresentam reivindicações em colegiados locais

Está em pauta na Unesp um tema dos mais relevantes: a aprovação de um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para os próximos cinco anos (2022-2026). O prazo estabelecido para que as congregações locais pudessem enviar sugestões à proposta elaborada por uma comissão constituída com membros do CO, do CEPE, do CADE e de outros setores da reitoria, foi 13/10/2021.

O assunto foi abordado na assembleia geral que a Adunesp realizou em 29/9/2021. Vários docentes relataram a existência de questionamentos por parte dos seus pares quanto à forma, conteúdo e prazos contidos na discussão em curso na Universidade.

Há uma grande preocupação com a responsabilidade de se produzir um planejamento para os próximos cinco anos, num momento ainda cercado de incertezas, em decorrência da pandemia de Covid-19. Acrescente-se a isso um sentimento bastante difundido de que ainda não temos um diagnóstico consistente do estado em que se encontra a nossa Universidade e, muito menos, uma avaliação crítica dos resultados efetivos do PDI anterior. Também foi apontada a ausência de metas, estratégias, indicadores e instrumentos de aferição, para que o PDI não se torne mera “carta de intenções”. 

Diante deste cenário, a assembleia da Adunesp aprovou a reivindicação de adiamento do atual processo de elaboração do PDI, até que as condições nos permitam uma discussão intensa e democrática do futuro da Universidade, que parta de um diagnóstico e conte efetivamente com a contribuição da comunidade de servidores docentes, técnico-administrativos e estudantes.

Congregações se posicionam

Em várias unidades, representantes locais da Adunesp apresentaram questionamentos sobe a tramitação do PDI e fizeram sugestões.

Em Marília, a congregação da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) aprovou documento lembrando que a elaboração e/ou atualização do PDI exige “cuidado e consistência, partindo de um diagnóstico institucional sólido para a definição de suas diretrizes para um período futuro”. O texto enfatiza que as manifestações ao PDI, sejam elas das congregações e/ou segmentos, devam ser socializadas para toda a comunidade unespiana, “a fim de que possa conhecê-las e discuti-las com serenidade, durante o tempo necessário para que o nosso futuro seja pavimentado por todas as mãos que fizeram, e fazem, desta Universidade o que ela é hoje”.

O documento aprovado em Marília resgata as experiencias da elaboração do primeiro PDI da Unesp, em 2007/2008, e reivindica encaminhamento semelhante para o atual: a realização de fóruns preparatórios vinculados às atividades-fim (ensino, pesquisa e extensão) da Universidade e sua gestão, para elaboração de um diagnóstico consistente e fundamentado, que explicite o projeto de universidade almejado.

Nestes Fóruns, de acordo com a reivindicação aprovada na Congregação de Marília, cada mesa temática deverá ter como convidados: pesquisadores da temática, membros da Unesp e representantes de instituições públicas do ensino superior; a participação das unidades universitárias estaria garantida com o envio de delegações representativas dos três segmentos.

Em Guaratinguetá, a Congregação local também aprovou documento sobre o PDI. Em síntese, o texto enfatiza que o PDI precisa: a) contemplar um diagnóstico; b) propor metas em função do diagnóstico; c) propor ações para atingir as metas. Também chama a atenção para a necessidade de repor quadros e salários, tomar cuidado com as "metodologias ativas", recuperação de infraestrutura, entre outros pontos.

Em Ilha Solteira, membros da subseção local da Adunesp alertaram a Congregação local sobre a necessidade de refazer a discussão e a construção do PDI, de modo a contemplar a participação de toda a comunidade. A ausência de um diagnóstico dos resultados dos PDI anteriores e da situação atual da Unesp, incluindo-se uma análise da conjuntura, em geral desfavorável à sobrevivência da universidade pública, também é citada. Outras questões que deveriam constar no PDI, de acordo com as propostas da subseção da Adunesp em Ilha Solteira são: um plano de recomposição salarial e outro para reposição do quadro de servidores docentes e técnico-administrativos; um plano de recomposição do custeio das unidades; inclusão da Permanência Estudantil como uma política pública permanente.

Em discussões realizadas nos departamentos de Ilha Solteira, foi reforçada a preocupação com a política de contratações da Unesp para fazer frente à grande defasagem de pessoal. “No processo de construção e elaboração do PDI, é fundamental delinear com clareza a situação atual da Unesp e, então, propor correções de rotas e planejar um conjunto de ações”, disse um dos docentes do campus.

Em Presidente Prudente, representantes da Adunesp local intervieram na discussão sobre o tema na Congregação local, com destaque para a necessidade de incluir no PDI o fortalecimento do “modelo de financiamento público da Universidade”, bem como a indicação de que as peças orçamentárias da Universidade contemplem a progressão funcional de servidores docentes e técnico-administrativos, investimentos perenes na melhoria de laboratórios de ensino e pesquisa, e na ampliação e melhoria da política de permanência estudantil.

Informe a Adunesp

Se a discussão sobre o PDI foi realizada nos colegiados locais da sua unidade, informe a Adunesp. Envie detalhes e/ou documentos aprovados para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..