Plenária da Adunesp conclama categoria à mobilização em 18/10: ato em campinas, organizado pelo Fórum das Seis, e manifestações nacionais em defesa da educação  

Plenária da Adunesp conclama categoria à mobilização em 18/10: ato em campinas, organizado pelo Fórum das Seis, e manifestações nacionais em defesa da educação  

A Plenária Estadual realizada pela Adunesp na tarde de 13/10 teve como ponto central a avaliação e a deliberação sobre os indicativos feitos pelo Fórum das Seis – que engloba os sindicatos e entidades estudantis das universidades estaduais e do Centro Paula Souza –, de realização de um novo ato público estadual no dia 18/10, às 11h, na Unicamp, com proposta de paralisação nas três universidades.

Com a presença de docentes de nove campi, a plenária também dedicou um tempo à análise de conjuntura, em especial sobre as eleições para governador e presidente da República e suas implicações para as universidades estaduais paulistas e o conjunto dos serviços públicos. 

O ato público estadual e a paralisação em 18/10, convocados pelo Fórum das Seis são uma resposta à postura intransigente do Conselho de Reitores – Cruesp em relação às negociações com as entidades representativas. Embora tenham se comprometido a dialogar, os atuais reitores optaram por repetir velhas práticas e estabelecer relações antidemocráticas com as entidades representativas de servidores/as docentes, técnico-administrativos/as e estudantes, recusando-se a agendar as reuniões solicitadas. O Fórum das Seis quer discutir a Pauta Unificada da Data-Base 2022 e, também, o início dos trabalhos do GT Salarial, acordado entre as partes para debater a reposição de perdas salariais históricas e propostas de valorização dos níveis iniciais das carreiras.

No âmbito nacional, entidades sindicais e estudantis da educação organizam, também para 18/10, um dia nacional de luta contra os cortes de verbas e em defesa da educação pública. O chamado surgiu após o anúncio do governo Bolsonaro, um dia após o primeiro turno das eleições, de corte de R$ 2,4 bilhões das universidades e institutos federais, ameaçando-os diretamente de terem que fechar as portas nos próximos meses por falta de recursos; pressionado pela reação generalizada, o Ministério da Educação recuou da medida dois dias depois, mas sem dar detalhes sobre quando o desbloqueio ocorreria. Nesta quinta-feira, 13/10, no entanto, novo corte foi anunciado, desta vez de R$ 1,2 bilhão do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico-FNDCT, órgão voltado ao financiamento de institutos públicos e também de empresas interessadas em realizar pesquisa (https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/10/governo-bolsonaro-retira-r-12-bilhao-de-recursos-para-ciencia-e-entidades-criticam.shtml)

No caso das eleições para governador, que têm Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Hadadd (PT) disputando o voto dos paulistas no pleito marcado para 30/10, as preocupações relacionam-se diretamente com o futuro das universidades e do conjunto dos serviços públicos. Há o risco real de que sejam estabelecidos em nosso estado procedimentos como aqueles praticados pelo atual governo federal, que redundaram num enorme conjunto de indícios de corrupção no Ministério da Saúde, conforme denúncias da CPI da Covid-19; no Ministério da Educação, também objeto de denúncias de uso privado dos recursos públicos, além de tantas outras de conhecimento geral, em que se destaca o orçamento secreto. O candidato Tarcísio tem o apoio do presidente Bolsonaro e comunga de sua política para os serviços públicos, que nos últimos quatro anos teve seguidos cortes de verbas nas universidades, institutos federais e órgãos de fomento à pesquisa, bem como intervenções em processos de consultas eleitorais, com a indicação de candidatos/as a reitor/a rejeitados/as pelas comunidades. Não é difícil prever o que se avizinha no horizonte das universidades estaduais paulistas.

Caminho é a mobilização 

Diante deste cenário, a Plenária Estadual da Adunesp aprovou, por unanimidade, conclamar os/as docentes a paralisar as atividades em 18/10 e a participar das caravanas para o ato na Unicamp. Os interessados/as devem procurar as subseções e representantes de base da Adunesp nos campi.

O apoio e a participação nos atos públicos em cada cidade, em sintonia com a mobilização nacional, também são iniciativas importantes neste dia.

A HORA É AGORA. Vamos fazer do dia 18/10 um marco na defesa das nossas reivindicações, dos serviços públicos e das universidades estaduais paulistas.