Os servidores e as servidoras técnico-administrativos/as da Unicamp e da Unesp seguem em luta.
Na Unesp, após a realização de um grande ato no campus de Assis, em 24/8, durante sessão do Conselho Universitário, a greve iniciada em 8/8 deu lugar ao ‘estado de greve’, com novas atividades de mobilização na maior parte dos campi. Em Araraquara, a greve continua. A equiparação salarial com as universidades irmãs – os salários da Unesp chegam a ser 40% menores que igual função na USP, por exemplo – é a reivindicação central.
Embora considerem um avanço a negociação realizada entre reitoria e Sintunesp no dia 18/8, quando foram concedidas duas referências, o que corresponde a, aproximadamente, 10% nos salários, a categoria considera possível ir além. Mais uma referência ainda em 2023, a definição de um cronograma para a aplicação da equiparação e a inscrição de uma rubrica específica com esse fim na peça orçamentária de 2024 são os pontos cobrados neste momento.
Na Unicamp, a greve iniciada após ato convocado pelo sindicato da categoria (STU), em 24/8, tem o repúdio à implantação do ponto eletrônico como eixo principal. Servidores e servidoras protestam contra a decisão da reitoria de impor a medida sem nenhum diálogo com a entidade sindical, a partir do uso de 47 aparelhos de controle eletrônico adquiridos em 2009 e nunca utilizados.
Em 30/8, o assunto foi debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa, convocada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). O Fórum das Seis foi representado por sua coordenadora e presidenta da Adusp, Michele Schultz, além de dirigentes das demais entidades sindicais das universidades estaduais. “Que tipo de recado a reitoria da Unicamp espera passar à sociedade com uma iniciativa como essa, no momento em que as universidades e o conjunto dos serviços públicos recebem todo tipo de ataques dos setores conservadores que dirigem o governo do estado e são maioria nesta casa?”, questionou Michele. Ela ressaltou que a Unicamp jamais fez uso de tal expediente e, ao longo de sua história, inclusive graças ao trabalho dedicado de seus servidores e servidoras, projeta-se como uma das principais universidades públicas do país, em ensino, pesquisa e extensão.
Em 14/9, nova audiência pública abriu espaço para a luta contra o ponto eletrônico, desta vez organizada pelo mandato da vereadora Mariana Conti (PSOL-Campinas), na Unicamp.
Em nota de apoio à greve na Unicamp, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) pontuou: “Faz-se urgente que a Reitoria da Unicamp receba as trabalhadoras e trabalhadores para garantia de efetiva negociação, sem atos antissindicais!”
Apoio ao fundo de greve do Sinteps
Os professores, auxiliares docentes e servidores administrativos das escolas técnicas (ETECs) e faculdades de tecnologia (FATECs), mantidas pelo Centro Paula Souza, realizaram uma greve no período de 8 a 22/8/2023. O movimento foi forte e alcançou unidades em todo o estado, tendo como reivindicações o reajuste salarial (que se limitou a ínfimos 6%), revisão da carreira com base nos anseios da categoria e defesa das escolas do Centro.
A força do movimento conquistou um passo importante, que foi a definição do início efetivo do processo de revisão da carreira, com a apresentação das propostas iniciais da instituição aos trabalhadores. No entanto, para pressionar os grevistas, o governador determinou o desconto dos dias parados, com pagamento apenas após a reposição das aulas/dias de trabalho.
Desde o início da greve, o Sindicato que representa a categoria (Sinteps), que faz parte do Fórum das Seis, lançou uma campanha de arrecadação para o fundo de greve, dinheiro que agora está sendo usado para apoiar os trabalhadores que estão tendo o desconto e precisam de um suporte emergencial.
Você também pode contribuir, com qualquer quantia. Os dados são os seguintes:
Contribua com o fundo de greve dos trabalhadores das ETECs e FATECs
Chave Pix: 00175847000107