Sessão conjunta CCG/CCEC debateu creditação das atividades de extensão na graduação

Sessão conjunta CCG/CCEC debateu creditação das atividades de extensão na graduação

Os representantes docentes junto à Câmara Central de Graduação (CCG) e à Câmara Central de Extensão Universitária e Cultura (CCEC), eleitos pelo Chapão da Adunesp, apresentam um relato coletivo sobre asessãoconjunta entre estes órgãos, ocorrida em 17/03/2021. A reunião conjunta foi marcada para retomar a discussão de um tema único: a creditação das atividades de extensão universitária nos cursos de graduação da Unesp, assunto que é de amplo interesse para os docentes.

Você pode conferir o relato em PDF (aqui) ou ler a seguir:

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Relato da reunião conjunta entre CCG e CCEC em 17/03/2021

A reunião teve como tema dos itens de pauta a creditação de atividades de extensão nos cursos de graduação.

Das considerações iniciais, destacam-se as falas do Pró-reitor de Extensão Universitária e Cultura (PROEX), Prof. Raul Borges Guimarães, e da Pró-reitora de Graduação (PROGRAD), Profa. Célia Maria Giacheti.

I - Considerações iniciais da PROEX

  1. O assunto da creditação de extensão nos cursos de graduação vem sendo tratado há duas gestões e ainda não foi concluído. Há uma discussão acumulada de 10 anos na Unesp, que deve ser aproveitada.
  1. Apresentou como referências para o debate:
    1. Resolução 75/2020, aprovada pelo CEPE, que atualiza o entendimento de extensão na Unesp.
    2. O marco regulatório da extensão e sua meta 12 e a Resolução do CNE 7/2018, que definem: (i) o princípio, os fundamentos e os procedimentos na adoção da política de extensãopelas IES e o mínimo de 10% da carga horária total de cursos de graduação para o componente curricular de extensão; (ii) como se dará a avaliação externa dos cursos pelo INEP, ocasião em que serão considerados autoavaliação da extensão, com explicitação dos instrumentos e indicadores que serão utilizados, articulação entre extensão, ensino e pesquisa, os docentes responsáveis pela orientação das atividades de extensão etc.; (iii) a necessidade de inclusão no PDI da concepção de extensão, o planejamento das atividades, o registro e as estratégias de creditação da extensão; (iv) a previsão de estratégias de financiamento; (v) a necessidade de revisão dos PPP dos cursos de graduação.

II – Considerações iniciais da PROGRAD

  1. Desde que assumiu a Pró-reitoria, a Prograd, vem priorizando, junto com a Proex, o tema da creditação da extensão.
  1. Tratou em sua apresentação:
    1. dos termos da resolução 7/2018, que dispõe sobre proposta de estrutura curricular na Unesp e prevê: i) a diferença entre alteração curricular (ajustes pontuais nos currículos, sem alteração do perfil do aluno formado) e reestruturação curricular (mudança substancial do PPP dos cursos); ii) a instrução da proposta de reestruturação curricular (RC) e alteração curricular (AC), com partes claramente definidas (introdução, justificativa, previsão de despesas, aprovação nas instâncias locais etc.); essas instruções constam no Manual da Graduação da Unesp, disponível no SisGrad;
    2. de algumas questões no que tange: i)à modificação dos currículos (RC ou AC?) e; ii)aos prazos para a tramitação de processos (como agilizar?), que, em princípio, devem ser apreciados pelos seguintes órgãos colegiados: Conselho de Curso > CPE locais > Congregação/Conselho Diretor >Prograd para instrução técnica >CAACG>, Secretaria Geral para encaminhamento àCCG>CEPE (para AC) ou CCG > CEPE >CO (para RC), d) sobre a prorrogação de 1 ano de prazo para implantação das novas DCNpor conta da pandemia (implantação em 2022).

III – Debate do tema

No debate do tema, houve várias intervenções pertinentes, dentre as quais, destacam-se:

  1. a preocupação com a tramitação dos processos de AC e RC frente aos prazos para a creditação da extensão (2022); os prazos e a tramitação têm de ser factíveis, considerando as diferentes realidades da Unesp.
  2. a discussão acumulada nos últimos dez anos sobre extensão na Unesp não veio acompanhada de um entendimento claro sobre o que é e o que não extensão; vide os vários relatos de projetos de extensão de longa duração nas Unidades que foram interrompidos e as dúvidas que ainda persistem sobre quais atividades devem ser consideradas como de extensão.
  3. com a creditação de extensão nos cursos de graduação, a extensão ganha espaço dentre as atividades fins (ensino, pesquisa e extensão), o que exigirá da Unesp e do estado o compromisso de financiamento da extensão das quais se beneficia a sociedade (p.ex., a erradicação do analfabetismo e a educação inclusiva, o combate à miséria e à fome, dentre tantos projetos em que a Unesp tem tradição extensionista). Como atividade obrigatória na grade dos cursos, a Unesp deve propiciar os meios para sua realização, inclusive financeiros.
  4. necessidade de comunicação imediata com os conselhos de curso, de forma a colocá-los a par do andamento do processo de creditação da extensão. Os conselhos de curso precisam de orientações claras sobre como proceder no encaminhamento de AC ou RC, até como forma de evitar, futuramente, a devolução de processos para correções, ganhando, assim, mais agilidade na tramitação das propostas. Uma primeira orientação é se os conselhos de curso devem promover AC ou RC, tendo em vista que muitos cursos (o das engenharias, principalmente) aguardam definições da creditação para promoverem suas RC.
  5. definição clara do papel da comissão mista (CCG e CCEC) para o encaminhamento do assunto.
  6. o cumprimento da creditação de extensão não deve ser meramente protocolar, para o atendimento da legislação.
  7. o respeito à autonomia das Unidades em suas atividades extensionistas.
  8. como viabilizar os 10% de extensão da carga horária total do curso, sem comprometer outros componentes das grades curriculares.
  9. a discussão da extensão na Unesp não deve se esgotar com a creditação nos cursos de graduação, mas deve ser ampliada, principalmente na autoavaliação de que trata a resolução 7/2018 do CNE.
  10. consideração de atividades de extensão no planejamento de contratações futuras de docentes do quadro permanente da Unesp. Na liberação de contratações, a CCD já vem discutindo indicadores de avaliação dos departamentos no tocante ao ensino, pesquisa e extensão.

IV – Encaminhamentos dos itens de pauta

  1. Composição da Comissão mista CCG e CCEC: primeiramente foi definida a estrutura da Comissão e, na sequência, passou-se à indicação dos nomes.
    1. Pela CCG, foram indicados 3 nomes: Prof. Carlos do AmaralRazzino (FE-Bauru), Profa. Ana CláudiaGiannini Borges (FCAV-Jaboticabal) e Profa. AilaRocha (FFC-Marília).
    2. Pela CCEC, foram indicados 3 nomes: Prof. José Carlos Miguel (FFC-Marília), Prof. Henrique TahanNovaes (FFC-Marília) e Profa. Elen Aparecida Martines Morales (CE-Itapeva).
    3. Pela CAACG (Comissão de Acompanhamento e Avaliação dos Cursos de Graduação), será indicado um representante, muito provavelmente o Presidente da Comissão, Prof. Fernando Putti (Tupã).
    4. Pelas assessorias técnicas das duas pró-reitorias, foram indicados 3 representantes: Prof. Antonio Cézar Leal (Proex), Sr. Alexandre Pazzoti (Prograd) e Profa. Maria Odila Cioffi (Prograd)

Cronograma dos trabalhos da Comissão

Foi retirado de pauta e sua definição, em regime de urgência, ficou como parte do trabalho da Comissão indicada.