Chapa ‘Resistência’ concorre às eleições para a subseção da Adunesp de Franca

Chapa ‘Resistência’ concorre às eleições para a subseção da Adunesp de Franca

As eleições para a diretoria da subseção da Adunesp em Franca (biênio 2019/2021) contam com chapa única. De acordo com informações divulgadas pelo presidente da Comissão Eleitoral, Albério Neves Filho, a chapa ‘Resistência’ teve sua inscrição validada e participará do pleito, marcado para os dias 6, 7 e 8 de novembro de 2019.

A chapa é composta pelos seguintes docentes:

Presidente: Onilda Alves do Carmo;

Vice-Presidente: Eduardo Mei;

Secretário-Geral: Gustavo José de Toledo Pedroso;

Vice-Secretária: Edvania Ângela de Sousa Lourenço;

Tesoureira-Geral: Regina Cláudia Laisner;

Vice-Tesoureira: Patrícia Soraya Mustafa.    

A realização das eleições marca a reativação da subseção da Adunesp local, após alguns anos de inatividade. Sua concretização, a partir do envolvimento de um grupo de professores do campus – vários deles na chapa – traz a perspectiva de uma nova etapa na organização da categoria docente em Franca, o que é especialmente importante na atual conjuntura, em que a universidade pública e os nossos direitos vêm sendo sistematicamente atacados.

Como será a eleição

Nos dias previstos para o pleito, haverá urna para que todos os filiados à Adunesp no campus possam exercer seu direito ao voto.

Fique atento à divulgação das orientações e não deixe de votar.

A carta programa da Chapa

“Vivemos no país um momento de retrocessos em todas as áreas – educação, ciência e tecnologia, saúde, trabalho, previdência social e cultura.

O aprofundamento radical do desmonte do Estado, por meio da privatização das empresas públicas e dos recursos naturais, a terceirização de todas as atividades produtivas, a cassação dos direitos constitucionais e os ataques constantes à classe trabalhadora, coloca um desafio para toda a sociedade brasileira, de modo particular para as universidades públicas e demais instituições  e organizações da sociedade civil – muitas delas já desmontadas, desativadas, desautorizadas ou extintas pelo governo federal. Estes ataques conformam um quadro geral que demanda a luta pelas garantias constitucionais individuais e coletivas. Isto se constitui em permanente risco ao Estado de Direito, duramente conquistado pela Constituição de 1988. A contrarreforma trabalhista, de 11 de julho de 2017, e a Reforma da Previdência, aprovada no Senado em 23 de outubro de 2019, aprofundam o processo de desmonte de direitos conquistados nas lutas dos/as trabalhadores/as. 

Essa conjuntura, é claro, está presente na Universidade. Na Unesp, vivemos momentos de desmonte, do não cumprimento dos direitos institucionais – a não realização de concursos e admissão de professores substitutos em detrimento de servidores estatutários em RDIDP, a não reposição salarial, empecilhos ao direito de aposentadoria de muitos/as docentes, a avaliação docente como forma de punição e não como forma de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, a pouca valorização da graduação, missão precípua da Universidade; aprovação, a toque de caixa, de pautas que modificam a estrutura da Universidade, aprofundando sua transformação de uma instituição social que deve cumprir sua função social, em uma organização social preocupada com o gerenciamento da Universidade ao estilo do mercado e voltada a atender aos interesses  do capital.

A Unesp, a partir do momento em que optou pela lógica e exigências das agências de fomento, e preocupada com os ranqueamentos que, muitas vezes, privilegiam o produtivismo e não uma produção socialmente referenciada, faz com que os docentes trabalhem sob a opressão, desencadeando um processo de avaliação de sua atividade profissional controlado por uma planilha com critérios exclusivamente quantitativos como instrumento de avaliação.

Os desafios são imensos. É preciso nos unir aos esforços da Adunesp Central nessa luta mais geral da Universidade, e em nosso Campus nos reorganizarmos para lutar por pautas locais, entendendo que elas devem ser inseridas nas lutas mais amplas dentro da Unesp, fortalecendo, cada vez mais, os processos de participação e democratização da gestão acadêmica. Precisamos fortalecer a luta pela melhoria nas condições da produção do conhecimento, respeitando seus tempos e processos, sem o peso da exigência do produtivismo. A excelência na produção acadêmica, passa, necessariamente, pela graduação; portanto, precisamos lutar pela valorização da graduação. 

A Chapa Resistencia se apresenta ao conjunto da categoria docente do Campus de Franca disposta a empreender ações coletivas para reavivar a luta sindical, ancorada nas lutas mais amplas do conjunto dos trabalhadores da Unesp – docentes, servidores administrativos – e com o conjunto dos discentes, construindo uma aproximação cada vez maior da base docente com as questões políticas e acadêmicas da Universidade e da sociedade.

Convencidas/os dos desafios que enfrentamos na Unesp, e, de modo particular, no nosso Campus de Franca, nos propomos a desencadear um processo participativo de todos/as os/as docentes na tarefa inadiável de aprofundar nosso pertencimento e incentivar a organização e a conscientização da categoria, na busca de ações concretas, junto à AD Central, nas lutas da categoria, bem como nas lutas do conjunto da classe trabalhadora, na defesa uma sociedade democrática e de uma universidade  pública, laica, gratuita, socialmente referenciada.

Nos comprometemos a propor atividades que possam desencadear um processo mais amplo de participação docente, no sentido de criar espaços de debates sobre temas da atualidade, bem como criar espaços de debate das questões que envolvem nossas atividades acadêmicas.

Nesse sentido, assumimos que já estamos nos comprometendo a envidar esforços para a efetivação da proposta de uma Assembleia do Campus.

Vamos juntos pra luta – CHAPA RESISTÊNCIA!”