Nova greve geral em 30/6 é passo decisivo na luta contra as reformas

Em meio à gigantesca crise que o envolve, o governo Temer tenta mostrar ares de normalidade e mantém o calendário de votação de duas das principais reformas defendidas pelo empresariado que bancou sua chegada ao Planalto: a trabalhista e a previdenciária. Mas essa não é uma tarefa simples.

 

Acuado pelas denúncias diárias de corrupção e pelo descontentamento popular (apenas 7% de aprovação, segundo pesquisa DataFolha divulgada em 24/6), o governo atravessa momento crítico. No dia 20/6, o projeto de reforma trabalhista (PLC 38/2017) sofreu uma primeira derrota, sendo rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais por 10 votos a 9, graças aos votos não só dos senadores do PT, PCdoB, Rede e PSB, mas também de senadores de partidos governistas, como PSDB, PSD e PMDB. O projeto, entretanto, segue em tramitação e pode ser votado pelo plenário do Senado no começo de julho.

Neste quadro, o aumento da mobilização popular é decisivo. Após as grandes manifestações de março, a greve geral de 28/4 e o histórico ato em Brasília em 24/5 (com mais de 100 mil pessoas), as centrais sindicais estão convocando um novo dia de greve geral para 30/6, próxima sexta-feira.

Adesão
Os sindicatos que compõem o Fórum das Seis estão convocando a greve geral de 30/6 nas universidades estaduais paulistas e no Centro Paula Souza. A adesão já foi aprovada em várias assembleias de base.

Calendário
Reunidas em 23/6, as centrais sindicais divulgaram as seguintes atividades para a semana da greve:

• 27/6: Audiência dos presidentes das centrais sindicais no Senado;
• 27 a 29/6: Atividades nos aeroportos, nas bases dos senadores e no Senado Federal;
•30/6: Vamos parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria. Fique atento à divulgação dos atos em sua cidade e participe.
•No dia da votação da reforma trabalhista no Senado: mobilização em Brasília